domingo, 19 de abril de 2009

O Sindroma da S. Nautica - A saga continua

Tudo indica que a Mama, vai ter mais um sóci0, custa-nos chegar a essa conclusão, mas desta parece que é a sério, senão o barco não seria colocado á venda.
Mais uma vez se concretiza o sindroma e a maldição da nossa Secção Nautica, incompatibiliza o binómio mulher versus barco, só que desta vez o dito cujo tem de colocar o barco á venda, facto que desde já lamentamos e prestamos desde já a nossa total solidariedade para com o lesado.
Entretanto a Mama colocou em campo o seu gabinete de apoio a este tipo de situações, já foi prestado todo o apoio psicológico, (isto de vender um barco ñão é uma decisão fácil), foi disponilbilizado alojamento nas suas instalações, caso o dito cujo assim o solicite.

Veja a introdução em http://mamalhandra.blogspot.com/search?q=o+sindroma
O anuncio da venda do barco está em http://enalhandra.blogspot.com/search?q=vende-se

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Lá se foi a Páscoa

Mais uma vez os navegantes d’Alhandra e arriba Tejo foram atraiçoados pelos avisos de mau tempo para a Páscoa, como vem sendo habitual, uma semana antes da saída, já os arautos da desgraça apregoavam que ia estar mau tempo, “chuva”, “18 nós de vento”, “frio”, “nuvens”, uma intempérie pegada, enfim um dilúvio apenas relatado na celebre obra de Jorge Amado “Os Velhos Marinheiros”.
E depois temos aqueles que dizem, “para a outra semana é que vai tar bom”, pois, porque isto das previsões meteorológicas é uma ciência que não está ao alcance de todos, até o Manel Gomes já está ultrapassado.
Bem, posto esta introdução, navegador que é navegador, gosta de navegar, as previsões ajudam no planeamento da viagem, neste caso a viagem não era longa ( 3 a 4 horitas), normalmente aproveita-se uma janela de bom tempo e lá vamos nós, assim haja vontade, já não é caso único o facto estarmos sentados numa de esplanada e de repente estamos ao leme rio acima, basta haver mais um doido a dizer “vamos”, e até parece que isso não faltou, quando chegarmos logo nos acomodamos e adaptamos, se fosse uma viagem de vários dias a levar com um temporal no focinho ainda se compreendia…
(Se bem me lembro, como dizia o Vitorino Menésio, o ano passado esteve bem pior e a frota foi para cima.)
Aliás, desde uma família completa (cão incluído), mantimentos e mais tralha, metidos na minúscula cabine do “Free”, até ao “Blue Dolphins” que aparece com o Cap. Mega todo equipado com o rigor de quem enfrenta a tempestade da sua vida, parecia ele que tinha atravessado o grande oceano ou o Mar da Palha, digno de uma chegada aos Açores com entrada directa no Peter’s, houve de tudo, até foi fundado o serviço oficial de pilotos de Valada, mas por favor, não me digam que por causa de uns choviscos e umas bufas de vento, “não há condições”.
Mas temos a cereja no topo do bolo que é aquele autor que publica os avisos de mau tempo nas crónicas “Lá se vai a Páscoa”, (aqui o pessoal começa a abanar ), de seguida vem “Lá se vai a Páscoa – A sequela”, (aqui o pessoal já treme com tanto aviso), e depois deixa o pessoal na duvida com “Lá se vai a Páscoa, ou talvez não”.
Entretanto não diz mais nada e larga d’Alhandra ás 5 da matina de sábado, com o sentimento de missão cumprida, concorrência afastada, iria ter uma ilha só para ele.

Temos de dar graças ao facto de o nosso saudoso Infante D. Henrique não ter acesso a previsões meteorológicas, senão a esta hora ainda estaria na ponta de Sagres a olhar o horizonte com a página do windguru na mão, a dizer que para a semana é que ia estar bom, isto se não chover …
Estes sim, os homens da época quinhentista, faziam-se ao mar com qualquer tempo, e previsões só no final da viagem.