terça-feira, 20 de outubro de 2009

Abeiro - Porto (carago) - Bila do Conde

E lá fui eu por aí acima, já com a missa cantada que desta bez iria haber um sorteio, dado que para bariar, o nosso Beiga, tinha conbidado mais pessoal do que os que cabiam no tal de NBB Berónique, ah mas ele tambem entraba no sorteio para nós não ficarmos chateados.

E lá chegado ao NBB Béronique, arrochei-me no beliche de EB, e estaba eu a chonar, quando pelas 5 e tal da matina, ouço uns ruidos probocados por um intruso a bordo, muito sobressaltado aponto a minha lanterna para o focinho do tipo, era o Bolha que assumindo directamente a sua exclusão, vinha á procura do colete para se pirar.
Ao ser encandeado pela minha lanterna, diz umas palabras esquisitas, em bez de bom dia, sai um "dá cá essa merda" e rouba-me a lanterna.
Passados uns minutos, debolbe-me a lanterna, e em bez de um obrigado, sai um "onde ponho esta merda?"
Depois pira-se rumo ao mar no "Jonas", como quem diz, aquela merda não anda nada e bou andando debagarinho, fiquem cá boçês a aturar o Beiga.

Já passaba da madruga, eram quase 8 da matina quando chega a tripulação do NBB Bérónique,
Beiga, Julio, Médico de Bordo, Parugo e eu aqui.
Sábiamente, o Cmdt Beiga diz:
- Vamos lá ao sorteio entre voçês, no qual era suposto eu entrar tambem.
Rápidamente, o Galacho (é advogado) se prontifica a moderar o sorteio, sem antes se virar para mim e me dar um conselho gratuito, "caga nesta merda e bens connosco".
Mas fiel ás minhas conbicções, digo que entro no sorteio e confiarei no que a sorte ditar.
Fiquei safo, mas eis que a sorte de embarcar noutra embarcação calha ao médico de bordo, que não acreditando desafia a sorte dizendo:
- Ah e tal, eu é que trago o almoço, se me for embora lebo o almoço comigo e boçês não comem.
Ainda fiz um contra ataque com a minha duzia de croquetes, mas era uma batalha inglória, pelo que tal como o Bolha, assumi o abandono da embarcação e passei-me para o "Chemy", um barquito á bela muito irrequieto, o benjamin da flotilha.

A meio da tarde lá chegamos á inbicta, desta bez era o Menezes que tinha pedido para nós ficarmos do lado dele, mas acabámos por ceder ás pressões do Rui do Rio.
O resto do dia foi passado a atracar, desatracar, subir muralhas, escadas na muralha, etc (vejam como foi nos anos anteriores).
No dia seguinte, a tripulação do "Chemy" decide abandonar a Inbicta pelas 9 da madrugada e bai para Bila do Conde, com bentilho de feição a entrar pelo lado da embarcação e com umas ondinhas a lembrar o tenebroso Mar da Palha, e lá penetramos a matreira barra pelo meio dia á frente de toda a flotilha.
Enquanto eles iam chegando, nós iamos malhando uns croquetes e chamuças ao som de um tinto a escorregar para o copo.

Os dois renegados, banidos da tripulação do NBB Béronique, mesmo assim ostentando orgulhosamente a farda de tão esbelta embarcação, que não tem culpa nenhuma.

Ah, os barcos ficaram em Bila do Conde, façam um sorteio para ver quem os trás para baixo, como se diz em linguagem ciber-nautica, Looooooool.

3 comentários:

Pedro Cabral disse...

O Jonas não anda nada? Quem disse isso? 207nm fez ele em 47 horas com uma perninha às costas, quiçá se a velocidade extra provinha da leveza registada naquele tanque de inox debaixo da loca do poço, a EB...

João Manuel Rodrigues disse...

Retiro o que disse, quando disse que não anda nada, queria dizer que andava devagarinho, é como o crocodilo, voa, mas baixinho.

João

joao madail veiga disse...

E a tralha tragico maritima do NVV Veronique a largar da Ribeira:
O marujo minhoto, fruto de alguma merdaça que comeu de vespera, ganhou uma caganeira de esguicho, de tal forma rija que nem participou no fim de festa da Ribeira.
O esguicho merdelim fê-lo ir ás instalações sanitárias do gracioso veleiro, deixando tudo limpinho, mas esquecendo-se de fechar as valvulas de segurança da sanita.
No domingo de manhã, indo dar a minha mijinha matinal, os meus pésnos paneiros da casa de banho, faziam um barulho assaz estranho, chlóp, chlóp, acompanhado de uma sensação de humidade.
Estava a embarcação com 'água aberta'.
Foram cerac de 451 litros de agua salgada, vá-lá, 450,8 litros, que eu e a restante tripulação tivemos de retirar dos porões do gracioso veleiro.
E tudo a navegar, que o vento era de luxo e tinhamos que o aproveitar.