segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Regras de Regata versus largadas

Não sendo catedrático em regras de regata e muito menos exemplo para alguem, sendo mais apologista do "desvia que dá para eu passar", sou no entanto grande apreciador dos momentos das largadas, e fã incondicional das falsas partidas praticadas pelos, digamos, adversários.
E como se avizinham mais uma ou duas regatitas até ao final do ano, vou aqui deixar alguns exemplos, reparos, ou chamadas de (des)atenção, para o que se costuma passar, e eu desejo sinceramente que se repita por muitas regatas.
Anuncio de regata: Só lê quem quer, e a mais não é obrigado, sempre se pode perguntar a um ou outro membro de outra tripulação o que consta naquele papel afixado no nº 113 da Miguel Bombarda, e numa ou outra fotocópia deambulante.
Reunião de timoneiros, a pomposa "Skippers Meeting": A esta vai toda a gente, skippers, não skippers, figurantes de pontão e outros "bebe bicas"é de bom tom e fica bem, tiram-se duvidas que não existem e fazem-se perguntas sábias sobre o percurso que é o mesmo de á 30 anos para cá, os novatos nestas andanças, não arriscam uma pergunta parva com receio de levar uma resposta ainda mais parva, do tipo "sei lá!!!"
O Momento da Largada:
Apesar do mastro de sinais, envergar as devidas bandeiras da classe, preparação e procedimentos de largada, ainda há quem pense que as ditas estavam ali para que o mastro ficasse mais bonito por ser 25 de Abril, 1º de Maio, 10 de Junho, 5 de Outubro ou 1º de Dezembro.
O Juri dá os procedimentos via Rádio VHF, mas os fanáticos das falsas largadas, tambem não sintonizam o rádio na devida frequência, leia-se canal 77, um tá desligado, outra tá na RFM e inclusivé outro tá a ouvir a "Bola Branca", ainda há um que costuma ouvir as informações de transito nesta altura.
Depois disto, as desculpas são as mais variadas, "tava longe não vi as bandeiras", "tava longe não ouvi os apitos", "não contei os apitos", "perguntei se era a partida e disseram que sim", "fui atrás dos outros", nestas coisas o tipo do transito é o ultimo a partir, e vai sempre atrás de alguem, que por sua vez tambem está enganado.
É disto que eu gosto nas regatas, disto e da sandes de coirates acompanhada da respectiva "mini", agora designada por "bejeca", "jola" e incluivé por "mine", numa qualquer Casa do Benfica perto de si, ou tasca da rua do cais.
E pronto, para aqueles mais aficionados e fanáticos das regatas, deixo a minha compreensão e uma palavra de apreço:
"Que se foda a taça"
(ah e tal, lá tá ele a dizer asneiras, foda-se é sempre o mesmo)

2 comentários:

joao madail veiga disse...

Da minha parte que há anos, na verdade desde sempre, não há problemas nas largadas.
Quando alguém grita Amuras, eu simplesmente grito FERRO, e a rapaziada, vá-se-lá saber porquê, deixa-me sempre passar.

João Manuel Rodrigues disse...

Ferro? Qual ferro?
O ferro do qual o NVV Véronique é fabricado, do latim ferrum, símbolo Fe , de número atômico 26 (26 prótons e 26 elétrons) e massa atômica 56 u?
Ou o ferro de fundear de ar ameaçador que está colocado á proa e que um dia fizeste questão de fundear no canhão da Nazaré?
Ou o ferro de Almirantado que está a enfeitar a amura de EB e cujo peso desequilibra o majestoso barquinho?
Tou confuso!

João