terça-feira, 21 de outubro de 2008

Assalto á Ribeira - A crónica

1ª parte – Dia 17 Assalto ao “Liberum”

Os mouros chegam a Abeiro, ás binte horas mais ou mienos, o jantar ainda não taba pronto, o Cmdt Beiga não tinha chegado, o Cmdt Pardal Spikingue estaba a chegar, pronto, não se pode dizer que as coisas não estibessem a andar, fomos petiscando umas coisas, que estas inbasões não se fazem de barriga bazia, entretanto lá chegaram os outros conbibas e jantámos.
Treta prá qui, treta prá li, e já a noite ia abançada, quando nos dirigimos para as embarcações. Eis que o Cmdt Galacho pede ajuda para lebarmos as compras para o “Liberum” e nos conbida para uma boltinha no barco.
O nosso Julio diz que tá cansado e tem de tar em condições para a inbasão do dia seguinte e bai-se deitar para o “Béronique”, mas recebemos reforços da equipa da casa e lá fomos nós.
Pois é, e lá fomos nós numa nabegaçon noturna que durou até ás 04 30 da matina, o nosso anfitrião ficou escandalizado com o consumo de bordo, 3 garrafas de tinto, meio queijo dos grandes, 2 pacotes de bolachas, pão, patés, para além do que não foi possibel contabilizar, pois a partir das 03 00 o que pousava na mesa, desaparecia, foda-se e tinham jantado, vai lá vai.
Às 04 30 o Cmdt Galacho diz: foda-se, acabou-se a inbasão, amanhã, ou seja, daqui a bocado também é dia e temos de lebar comer para o mar oceano.
O nosso Paulo não se conformaba, “quê? Já acabou? Bão-se deitar? Então e eu? Ei, eu não bou, olha bou chatear aqueles fulanos que tão ali com umas baras a apanhar peixe, e lá foi ele.

2ª Parte – Dia 18 Assalto á Ribeira

O730 toco a alborada, bou acordar o Paulo, ena, o Paulinho taba ligado á terra (ou ao céu), não acordaba nem por nada, até que berrei e o acordei, a ele e ao resto da frota, tá claro, tadinho, acorda sobressaltado e pergunta?
“Porque me tas só a acordar a mim?”
-“Porque secalhar os outros já tão todos acordados, né?
-Bem, acorda lá e lebanta-te que temos de ir inbadir a Ribeira.
Fui beber um café á ABELA – Associaçon de Bela de Cruzeiro de Abeiro, pelo caminho ainda tibe de oubir os portestos de 2 tipos que tabam á pesca a dizer que tebe um mouro a chateá-los desde as 4 e meia da manhã, até quase ás 7, que assim não balia, o que taba conbinado era inbadir a ribeira e não ter ali um gaijo a fazer perguntas durante uma carrada de tempo.

Desfazidos os mal entendidos, lá embarcámos, 66 % de mouros no NBB Béronique e 33 % no “Liberum”, o outro 1 % não sei que foi feito dele.
O nosso Cmdt Beiga (Chefe do Estado Maior da Inbasão), informa que vai inbadir por terra, mas bai estar na ribeira a coordenar as oprações.

19 00 horas – Chegámos ao Porto carago, bamos inbadir a ribeira, bora, bora, (Bora-Bora soa-me bem), já lá taba o nosso Cmdt Beiga a dar as ordens de comando.

- “encosta aqui, inbade ali, olha o ferançês bai a fugir carago, encosta no alemão e dá-lhe uma trancada”
Entretanto alguém dá o alarme:
- Ó Beiga, comé que inbadimos se não conseguimos subir a muralha?
Epá, esqueci-me de trazer uma escada, mas boçês também podiam ter trazido, mas ainda dá para sair dos barcos, carago, vá lá inbadam esta merda.
- Ó Beiga, mas a maré tá a bazar, se tivermos que fugir, como boltamos para os barcos?
Sei lá, eu bem abisei para inbadirmos só com 4 barcos, mas boçês quizeram trazer oito, a puta da muralha só tem duas escadas, uma tem o ferançês atracado e a outra tem o alemão, olha inbadam os gaijos e subimos e descemos por eles.
O Cmdt Pardal Spikingue pela telefonia informa: "ó Beiga, podes contar comigo"
Chega o cabo da guarda que diz que o pessoal tem de ir ao posto para se identificar antes de começar a inbasão.
Alguem lhe diz: "ó sr. guarda, atão o pessoal não consegue sair dos barcos para inbadir, quanto mais para ir ao posto, tome lá os documentos e bá preencher a papelada, se tiber dúbidas, fale ali com o Cmdt Beiga, que foi ele que se esqueceu da escada"
Oubindo isto o Cmdt Beiga responde: "eu esqueci a escada, mas boçês tambem não se lembraram".
Entretanto o Delmar queria inbadir por sua conta e risco, fez uma escada de corda presa ao espalha cabos e tinha o seu caso resolbido, se desse para o torto já podia fugir, entretanto não inbádiu nada porque passou toda a noite a experimentar a escada e a fazer apostas com o pessoal que quisesse malhar com os costados no barco.
O Galacho e o Machadinho amotinaram-se “não há condições para uma inbasão, não saímos do barco, inbadam boçês á bossa maneira”.
Entretanto passou a hora da inbasão, cada um inbadiu aquilo que quis, até que a noite acabou outra bez com uma inbasão ao “Liberum”, os que não queriam inbadir, foram nobamente inbadidos.

3ª Parte – Dia 19 O Assalto ao nabio do Whisky

0800 – Alvorada, bamos a acordar, temos de inbadir o nabio que o Zé Ângelo trás da Escócia carregado de Whisky.
Entretanto o “Celta Morgana” , nabio do Cmdt Pardal Spikingue, não quer trabalhar, dá-se mal com os ares do norte, lá fomos buscar 2 baterias para o conbencer mas o gaijo taba teimoso.
Já taba outra bez a passar a hora da inbasão ao nabio, quando o Cmdt Beiga dá a ordem:
- A frota bai para Abeiro, que eu bou comandar o “NBB Béronique” na inbasão, lebo o “Celta Morgana” e o meu amigo Pardal Spikingue a reboque até Leixões e juntos inbadimos o nabio do whisky, e não quero cá mouros a bordo, ò Berna, tu que também és meio mouro, leba os gaijos no “Tibariaf” para Abeiro, que eles têm de ir para a terra deles.
Já taba o nosso Cmdt Beiga a chegar a Leixões, quando o Zé Ângelo informa pela telefonia que o seu nabio tá com 2 horas de atrazo, ao que o Beiga pergunta:
Olha lá ó Zé, mas trazes o whisky?
- Não Beiga, trago uma carrada de trigo.
Olha lá ó Zé, isso não dá para fazer whisky?
- Se calhar dá, se até das ubas se faz binho, se quiseres arriscar, inbade na mesma.
Não bale a pena, olha, eu bou bazar para Abeiro, fica aqui o Pardal encostadinho á tua espera, que ele tem o “Celta Morgana” abariado, por isso não tá com pressa e espera por ti.
O Cmdt Pardal Sepikingue, assim que o "NBB Bérónique" birou os costados, cagou na inbasão, meteu-se no comboio e beio para Abeiro.
Um minuto antes o Cmdt Pardal Spikingue informava o Zé Angelo pela telefonia: "ó Zé, podes bir, o Beiga diz que podes contar com ele".
O Zé Angelo chega e diz: Foda-se, bem um gaijo da Escócia, á espera de ber os amigos á chegada e bazam todos, só porque não há whyski, vãosifuder.

Produções Mar da Palha, Sa

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Assalto á Ribeira (aditamento/alteração)

Alteração de ultima hora (mais uma), depois do local de jantar ser alterado pela 3ª vez, e a um dia do mesmo, ficamos a aguardar mais uma ou duas alterações, ainda acabamos a comer uma lata de atum ao natural em cima do pontão (vulgo trapiche), porque entretanto alguem se esqueceu chave do Véronique.

Entretanto o programa de Domingo foi alterado, fomos informados que o Zé Angelo (Blue Moon I) vai chegar da Escócia com um navio de 80 m, é claro que alguem começou logo a fazer contas de cabeça (não confirmo que foi o Beiga), "fosga-se, um nabio de 80 m cheio de whisky de malte, ganda Zé Angelo".
Entretanto o Cmdt Beiga telefona-me a pedir a minha cumplicidade na alteração do programa, "ó pá, camarada, amigo, o Zé vem lá com um nabio o "Oporto" debe chegar a Leixões por bolta das nobe da manhã,se se ele ainda não tiber entrado na barra de Leixões, bamos esperá-lo, damos um bolta ao nabio, pergunta-mos pelo Whisky, e se ele não trouxer nada manda-mos umas caralhadas pelo rádio, e bimos embora para Abeiro, tambem perdemos no máximo uma horita".

Não há duvida que o pessoal do norte sabe receber, o Sr Cmdt José Angelo anda no mar á um mês, chega ao seu país, e em vez de um abraço amigo, leva umas caralhadas via rádio.

Pronto, coisas á Veiga, vamos lá ver a merda que dá, o mais certo vai ser a Policia Maritima a sair em frota a barra de Leixões a pensar que é uma invasão moura, ou qualquer outro acto de pirataria, mas quando ouvirem as caralhadas no rádio, ficarão mais descansados, "foda-se, é o Beiga, podemos regressar a terra".

Colaborações especiais:
Grupo de Cantares Serranos de Montemor - o - Velho
Grupo de Moços Forcados Amadores d'Alhandra
Comissão de Atribuição de Certificados de Travessia do Tenebroso Mar da Palha
Comissão Instaladora da Marina Oceanica do Choupalinho
Comissão Humanitária dos Forcados Amadores de Ilhavo

domingo, 12 de outubro de 2008

Assalto á Ribeira do Porto ou o regresso dos Mouros

No próximo fim de semana 18 e 19 de Outubro vai acontecer o assalto surpresa á Ribeira do Porto, protagonizado por uma embarcação de Aveiro, maioritáriamente tripulada por Mouros, e portadores do Certificado de travessia do tenebroso Mar da Palha.

Starring:
João Manuel (Piloto do Mar da Palha)
Julio Quirino (Quirino Man)

Guest Star:
Paulo Nunes (Free)

Also Starring:
João Veiga (Beiga)
Eugénio (Bolha)

Breve resumo:
Os 3 personagens principais deixam a Mui Nobre Vila d'Alhandra no dia 17 pelas 1800 com destino a Aveiro para enfrentarem um briefing juntamente com outras personagens, onde serão discutidos os termos de uma viagem mistério que os levará a invadir a Ribeira da Invicta Cidade do Porto.

O programa (se houver) deverá ser o seguinte:

Dia 18
0800 H leg - Saída da barra de Aveiro
1630 H leg - Entrada triunfal na barra do Douro
1700 H leg - Desembarque na Ribeira
1705 H leg - Briefing pós desembarque para análise da viagem e ver o que correu bem desta vez
1710 H leg - Chamada geral ao SEF
1730 H leg - Assalto aos finos
A partir daqui, vai ser cada um por si, o Bolha inicia os preparativos para dormir técnicamente no barco.
2000 H leg - Jantar em lugar desconhecido até 5 minutos antes,
2200 H leg - O Bolha desapareceu, técnicamente está a dormir no barco.
0000 H Leg - Recolher não obrigatório

Dia 19
0500 H leg - Alguem que técnicamente estaria a dormir no barco, entra fisicamente em cena, bindo da cerbeja biba.
0700 H leg - Toque de Alvorada
0830 H leg - Saída da barra do Douro
1600 H leg - Entrada na barra de Aveiro

Toda esta aventura será envolta em grande suspense, em que a unica coisa que já sabemos que vai decorrer de acordo com o previsto serão as marés, préviamente encomendadas ao nosso Instituto HidroMouroGráfico.

P.S. - Houve outras embarcações convidadas a participar, mas como "gato escaldado, de água fria tem medo", não sabemos se vêm, a nós dava sempre jeito que viessem, e já agora com uma lata de oleo e uns litritos de gasoleo a mais.

A Estrear Brevemente.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Feira de Outubro - Vila Franca de Xira

Eu avisei, portanto ninguem se pode queixar, a não ser um conhecido jornalista da Sic Noticias, o Crespo, esse não foi avisado, como tal peço as minhas desculpas ao visado, quanto ao restante pessoal tava avisado que eu haveria de chegar por volta das duas e tal da matina, como tal, assim foi, eram precisamente duas e meia da manhã quando eu e o NV Volare aportámos na marina de Vila Franca de Xira.
A minha alma ficou parva, tava tudo a dormir, não pode ser, e como o que não pode ser tem muita força, toca a Alvorada.
Mas tava tudo anestesiado a alcool, alguns nem se mexiam, como não davam luta, fui-me deitar, desde já agradeço o facto de me terem deixado dormir até ás 0930, acreditem que estava preparado para as represálias.
Do blogue Free, retirei as linhas abaixo que comprovam o estado anestésico de algumas personagens.
" inclusive alguem chegou com alarde pelas duas e tal da manhã, acordando toda a frota Alhandrense acostada ao cais de VFX (nem sei como o Sr da SIC Noticias não chamou a policia ou uma equipa de reportagem), eu não dei por nada, muito graças a uns "elixires para a insónia" tomados horas antes."



Na foto,em em plena espera de touros (sem touros), e no meio dos dois vice-presidentes da MAMA, encontra-se o Tonho Sarilhos, ex 1º Cabo dos Moço Forcados amadores da Moita, tambem arrais da Canoa "Aurora".
Reza a história que esta figura, em plena tourada e após os Moços Forcados de Pinhal Novo, já estarem fartos de levar porrada de um touro sem conseguirem concretizar a tradicional pega de caras, o Tonho Sarilhos (natural de Sarilhos Pequenos), indignado e chateado com a brutalidade do animal, vai direito a ele (touro) e espeta-lhe um valente murro no focinho, num ponto vital, diz ele (Tonho), ao que o touro se quedou ao comprido no meio da praça com 3 dentes partidos.
Tambem á uns dois anos, vá lá 3, em plena espera de touros em Vila Franca, o touro estava a asfixiar, o Tonho apercebendo-se que o touro estava a desfalecer, abriu a bocarra do touro e sacou-lhe a lingua para fora.
Este ano o Tonho efectuou a demonstração da queda facial para cima de uma mini, sem partir dentes, fazendo 5 flexões de braços e bebendo a mini sem mãos. Este ano, a organização, ao saber que o Tonho andava por ali, retirou o touro da zona da lota.

Ao final do dia, a frota regressou á Alhandra, sempre a rasgar pano com umas boas bolinadelas até meio do percurso, até que o vento ronda a Norte, proporcionando uma chegada monumental ao largo á Mui Nobre Vila d'Alhandra.

Ah, tava-me a esquecer, que o Skipper do barco cor de laranja, veio dar a largada, (coisa a que está habituado) mas como já tinham lançado os foguetes, foi-se embora, o tal de Oceanus tava com pressa e foi a motor, sendo assim para que precisa daquele poste no barco?

Salva-se o Free, o Azul, o Fulô e o Volare, cambada de tesos que são uns poupadinhos, e têm de ir á vela.