sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Novo Aeroporto de Lisboa ( Despacho Superior)

O nosso (des) governo parece que já decidiu, (a ver vamos), a opção vai ser Alcochete.

Quisemos saber porque foi excluida a opção do Mouchão de Alhandra e quais os investimentos que iria haver no local de forma a compensar a sua exclusão.
Não foi fácil conseguir essa informação, ministros, secretários de estado, acessores disto e daquilo, todos se negaram á informação, por sorte conseguimos chegar a acordo com o tipo das fotocópias que após uma sandes de coirates e duas mines, lá nos facultou o documento, que passamos a transcrever:


"Gabinete do Exmo Sr. (.......)

Despacho muito superior

Assunto: Novo aeroporto de Lisboa - Mouchão de Alhandra

Em cumprimento do assunto em epigrafe, o conselho reunido para a análise daquele conteudo concluiu que:

Impacto ambiental- Não foi encomendado nenhum estudo favorável para que a obra fosse viabilizada.

-Infrestruturas (Pistas, edificios, etc)- Não justificam a obra pública, ou seja: não sendo de grandes montantes, não há margens para derrapagens financeiras como é hábito numa obra deste tipo, haveria de haver espaço de manobra previsto para um grande desvio ao valor inicial,
teriam que ser demitidos 3 directores de obra, um director de projecto, um secretário de estado, dando origem ás necessárias indeminizações e complementos de reforma, e já agora 3 ucranianos por estarem a trabalhar sem capacete de protecção.

Frota automóvel - Insuficente, o ramo associado a este negócio não pode ser ignorado numa obra desta envergadura.

Pessoal - A situação tambem é inviável, teriam que se criar postos para: um director de pessoal não especializado , um director de serviço, dois chefes de serviço, 3 encarregados gerais e dois consultores de uma firma de auditoria que iriam fiscalizar o trabalho do casal de ucranianos.

Logistica - Insuficiente, por muito eficiente que seja a "Ana", há cunhas que tem que ser preenchidas, como é o caso do Administrador Geral(primo do tipo que decide estes assuntos), Administrador Delegado (sobrinho do dito cujo), Director Geral (cunhado do anterior), Director de Marquetingue, (primo em 4º grau do autor do projecto), 2 chefes de sector (parentes mais afastados de qualquer um), 2 encarregados gerais (aceites após concurso por convites, cujas vagas já estariam preenchidas), um paquete para tirar fotocópias (concurso publico D.R.)

Segurança- A cargo do tipo das fotocócias, que entretanto seria promovida a Chefe de segurança, que por acaso era filho de um ex-ministro e que só estava lá para tirar cópias aos documentos do papá.

Pelo acima disposto, julgamos não estarem salvaguardados alguns dos interesses dos interessados em que um projecto com este interesse tenha interesse em ser interessante do ponto de vista do conselho de análise do mesmo.
No entanto não querendo que aquela zona não seja um pólo de desenvolvimento, vamos estudar meios de incentivo á poulação local, nomeadamente a Garça Real que pernoita na marina de Alhandra e a comunidade de Tainhas que está a ser prejudicada pela construçao da ETAR.

Atenciosamente
P' Gabinete do Sr. (.....)"
Fica aqui publicada para a posterioridade mais uma injustiça pratica ás gentes de Alhandra e do seu Mouchão que não pertence á sua área geográfica, pelo menos podemos gritar "o 14 é o cais d'Alhandra".

1 comentário:

Unknown disse...

Será a decisão final?
Quem é que supunha?
No mouchão era o ideal
Não foi FORTE a CUNHA...